Ofertando a Deus como ato de Amor

Texto: Lc 21.1-4; Mc 12.41-44
Existem várias formas de adorar a Deus. Toda expressão humana motivada pelo amor e devoção a Deus constitui em ato de adoração. Quando contribuímos fundamentados nesse amor, a nossa oferta também é uma forma de adoração. É importante que, aquele que reconhece a responsabilidade que todo cristão tem com a manutenção da obra do Senhor aqui Terra, que também busque fazer isso fundamentado no amor e não apenas na obrigação ou capacidade financeira, esses motivos não são compatíveis com a adoração. Nesse quesito, temos muito que aprender com a viúva pobre que Jesus observou ofertando suas poucas moedas. Jesus ensina para seus discípulos lições importantes relacionadas ao ato de contribuir, mostrando que Ele considera esse ato como algo que deve fazer parte do comportamento cristão.  A forma como Deus ver nossas ofertas  não tem relações com o valor ofertado, mas com o comprometimento empenhado, além de podermos considerar algumas outras coisas interessantes a respeito do ato de ofertar e contribuir.

1.     Contribuir é um ato importante do comportamento Cristão – de acordo com a narração de Marcos 12.41, diz que Jesus assentou de frente às caixas de ofertas e começou a observar as pessoas que colocavam suas contribuições ali. Ele se importou com o que estava acontecendo e aproveitou para ensinar aos seus discípulos algo relevante sobre o ato de ofertar. Ofertar não é apenas um ato de responsabilidade com a congregação, é algo do qual Jesus deu importância. Não vale apenas ofertar, é preciso compreender o verdadeiro valor de poder contribuir com o Reino de Deus. Devemos compreender que contribuir com o reino de Deus é algo que só eu posso fazer, porque é essa parte cabe a mim e não a Deus. Se eu não assumir tal responsabilidade o Reino vai ser negligenciado por mim.

2.     Diante de Deus o que é uma grande oferta ou uma pequena – pelo que Jesus ensina aos seus discípulos, Deus tem uma forma diferente de medir nossas ofertas. Elas não são avaliadas de acordo com a quantia ofertada, tem a ver com o empenho amoroso motivador do ato. Deus não se impressiona com a quantia vultosa que alguém pode ofertar, Ele se interessa pelo amor de sacrificar o máximo que temos e oferecer-lhe como oferta de adoração. O ato de doar à obra de Deus deve ser sempre decorrente da relevância que o Reino de Deus tem para nós. Não será uma grande oferta se não resultar do despojamento do  meu tudo naquele momento. Deus sempre nos ama nos extremos, assim também, devemos devotar-Lhe esse mesmo amor.

3.     Coisas a serem consideradas no episódio:
3.1.         JESUS não reprovou a oferta dos ricos nem os criticou – O fato dEle dizer que aquela mulher tinha ofertado mais que todos, inclusive dos que colocaram grandes quantias, não os reprovou fazê-las. Jesus queria mesmo era ensinar o que para Deus seria uma grande oferta e não reprovar as outras ofertas.

3.2.         Jesus não vinculou nenhuma promessa ao despojamento da viúva – observamos que não houve nenhuma alusão de recompensa pela grande oferta que aquela mulher entregou para Deus. Pelo que parece ser claro é que devemos ofertar apenas motivados pela gratidão decorrente do amor desinteressado que Deus tem por nós.

3.3.         Jesus não mandou seus Discípulos dar tudo - Ele não ensinou aos discípulos que deviam dar tudo o que possuíam como oferta,  apenas nos ensinou que Deus não se impressiona com valores.

3.4.         Jesus revela o princípio do amor na oferta e nas contribuições – Todo o ensinamento de Cristo é fundamentado no princípio do amor incondicional, que está acima das circunstâncias. O amor não é o resultado de nossas próprias condições e capacidades humanas, ele é o fruto do Espírito de Deus em nossas vidas. Não amamos porque somos bonzinhos, mas porque fomos gerados em Deus para amar. Quando amamos nossos inimigos, não o fazemos porque gostamos deles, mas porque estamos cumprindo o princípio do amor instalados em nós pelo Espírito Santo, a gente na verdade é instrumento de Deus configurado para produzir atos amorosos. Quando ofertamos devemos também recorrer a esse princípio e deixar o amor produzir seu resultado em nossas contribuições para o Reino de Deus. (Mt. 5.43-48; II Co 8;9)

Conclusão:

Nossas ofertas devem refletir não a nossa condição financeira, mas o amor com as quais nos a investimos na obra de Deus. Todo nosso esforço deve ser amar a Deus de todo nosso ser inteiro: Corpo, alma e espírito. (Mt 22.37). Amém.

                                                  Por Pr. Divino Félix (Pastor titular da MEPB em caicó)
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