Hoje há algumas pessoas trazendo uma doutrina sobre o assunto de
sexo e casamento que aparenta ter uma certa razão e lógica filosófica
mas, no fundo, é algo que conduz a caminhos errantes e destruidores.
O resumo do ensino é mais ou menos assim: “O que santifica o sexo é o amor, se realmente amamos a pessoa, estamos casados com ela e assim podemos desfrutar do sexo com a mesma. Se por outro lado estamos legalmente casados com uma pessoa e não a amamos, diante de Deus não estamos casados (por que não há “amor”) e somos livres para deixá-la, já que não estaríamos casados diante dos olhos de Deus”. Isso é um resumo muito abreviado dessa doutrina que tem sido difundida por alguns. Eles prosseguem e falam coisas aparentemente bonitas sobre a importância do amor no relacionamento conjugal e usam isso e outras filosofias como base para “provar” que o que faz o casamento (e santifica o sexo) é o “amor”.
Muito bem, casamento sem amor certamente não é o plano de Deus, mas será que é o amor que faz você ser/estar casado ou não? Paulo, escrevendo para a igreja em Éfeso exortava os irmãos dizendo: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25). E também no verso 28 reforça: “Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.” Inicialmente, isso parece apoiar a filosofia que está sendo pregada, pois enfatiza o amor. Mas, se olhamos com atenção, enxergamos uma verdade bastante diferente em relação ao engano sutil que está sendo espalhado por aí.
Quando Paulo diz “maridos, amai a vossas mulheres” deixa óbvio que a falta de amor no casamento era um problema entre os irmãos para os quais ele estava dirigindo essa carta. Porém, ele chama as mulheres de “vossas mulheres”, mesmo quando é claro pelo contexto que elas não eram amadas como deveriam. (E o original no grego traz esse sentido, não é fruto de uma tradução errônea). Assim, nessa exortação vemos claramente que a falta desse amor tão importante NÃO anula o casamento. Mesmo sem amor, continua sendo “vossa mulher”. A solução ao problema, oferecida por Paulo, é o amor sacrificial, usando a própria morte de Cristo como exemplo: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”.
Se entendermos isso, saberemos que é um contraste muito grande àquilo que é trazido por esses “mestres” errantes de ensinos lisonjeiros e egoístas. Eles dizem por aí que se não houver amor pode-se deixar o cônjuge livremente, pois assim você será mais feliz. Verdadeiramente, como Paulo diz, “muitos há, dos quais repetidas vezes vos disse, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo; cujo fim é a destruição; cujo deus é o ventre; e cuja glória assenta no que é vergonhoso; os quais só cuidam das coisas terrenas” (Filipenses 3:18-19). Note que Paulo não está falando de inimigos diretos de Cristo, mas de inimigos da CRUZ de Cristo, pessoas que se recusam a negar a si mesmas e trilhar, em suas vidas, o caminho da cruz.
Em Lucas, Cristo falou sobre as coisas que ele havia de sofrer e “Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, esse a salvará” (Lucas 9:23-24). Em Lucas 14:27 diz ainda: “Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo”.
Vale a pena ressaltar que a palavra usada em Efésios para descrever o tipo de amor que devemos ter para com as nossas esposas é o “Ágape” (no grego), que é a mesma palavra usada em 1 Pedro 1:22 e 1 João 3:14 para se referir ao tipo de amor que devemos ter para com TODOS os irmãos em Cristo. Indo ainda mais longe, Cristo disse que devemos ter esse tipo de amor (Ágape) até por nossos inimigos (Mateus 5:44)! Então, se usamos a falta de “amor” como base para separação, estamos completamente fora daquilo que diz o Espírito de Deus. A solução não é separar, mas sim buscar a Deus para obter esse amor que provém dEle.
Quando o Senhor diz para amarmos as nossas esposas (ou elas nos amarem) não é nenhuma “sensação” que precisa do alinhamento correto das estrelas do céu, uma pessoa que mais nos dê prazer ou a chegada da situação ideal. Até se temos inimizade dentro de casa o chamado é o mesmo: o amor sacrificial. Esse amor não se resume em sentimentos, de fato a definição da palavra Ágape não fala em sentimento, mas em ação! Segundo a tradução do dicionario “Strongs”, a palavra “Ágape” significa “tratar com afeto, dar carinho, amar, ter carinho por”. Todas essas qualidades são ações e atitudes, não apenas sentimentos. Claro que o amor real vai nos dar sentimentos periodicamente mas não se resume em, nem se define por sentimentos. Também o amor pode existir mesmo na falta de sentimentos ou até em meio a sentimentos contrários, porque a fonte desse amor é Deus.
Tratando desse amor Ágape, 1 João 4:7-8 diz: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” Assim vemos que a fonte do amor (amor real, não esse “amor” que alguns pregam) é Deus, Ele É amor. Também há outro aspecto importante nesse trecho, ele deixa claro que a falta de amor em nossas vidas diz que não conhecemos a Deus como deveríamos. Esse “conhecer” refere-se a um conhecer íntimo, decorrente de uma maturidade de relacionamento e provavelmente tempo de caminhada com Deus. Note que quem “ama é nascido de Deus E conhece a Deus”. Ou seja, não é apenas nascido de novo, mas também tem persistido e se rendido em realmente conhecer a Deus de forma mais profunda. O que, muitas vezes, é fruto do passar por sofrimentos com Ele. Note também que o texto diz que SE a pessoa amar (com amor Ágape) É nascida de Deus, mas se não amar não afirma que não nasceu de Deus, porém afirma que não conheceu a Deus de forma mais íntima.
Mas, voltando ao assunto do ensino que tem surgido em alguns cantos da igreja, nesses versículos vemos outra prova concreta do erro de tais ensinos, quando os mesmos dizem que é o amor que faz você casado, ou não, com a pessoa e justifica o sexo. Já que precisamos amar com amor Ágape até os nossos inimigos, pela lógica de tal doutrina estaríamos “casados” com praticamente todo mundo! Espero que seja óbvio que isso não é a verdade nem o ensino do Senhor.
E já que não é somente o amor que nos torna casados, o que nos libera para ter relações sexuais com uma pessoa? Em Hebreus 13:4 lemos: “Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará.” É o matrimônio que nos permite desfrutar de tal intimidade. No grego a definição da palavra matrimônio traz o sentido de uma festa de casamento, núpcias, banquete de casamento. E por que isso tornaria o sexo aceitável aos olhos de Deus? Porque assim assumimos um compromisso diante dEle e diante dos homens para amar sempre o nosso cônjuge, mesmo quando nos custa na pele. E assim formamos um compromisso definitivo, um laço dentro do qual o sexo não é somente aceito por Deus como também abençoado por Ele.
As pessoas que difundem esse ensino enganoso dizem que antigamente o casamento não era o que é hoje, era apenas uma grande festa. Mas, toda festa tem o seu motivo e essa festa era por causa do matrimônio dos noivos, celebrando a união deles. Assim, mesmo que hoje a cerimônia do casamento seja diferente, ela exerce a mesma função. E a função ou o objetivo é sempre mais importante que a forma. E assim, hoje o casamento como é praticado (pela maior parte da igreja) serve para demonstrar a todos que os noivos estão assumindo um compromisso permanente um com o outro.
Assim como Paulo devemos procurar “sempre ter uma consciência sem ofensas diante de Deus e dos homens” (Atos 24:16). Não deixando que “Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto não sejais participantes com eles; pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (pois o fruto da luz está em toda a bondade, e justiça e verdade), provando o que é agradável ao Senhor” (Efésios 5:6-10).
Que Deus nos conceda graça e amor!
Por João Dyer
Facebook
Fonte: Eu Escolhi Esperar
O resumo do ensino é mais ou menos assim: “O que santifica o sexo é o amor, se realmente amamos a pessoa, estamos casados com ela e assim podemos desfrutar do sexo com a mesma. Se por outro lado estamos legalmente casados com uma pessoa e não a amamos, diante de Deus não estamos casados (por que não há “amor”) e somos livres para deixá-la, já que não estaríamos casados diante dos olhos de Deus”. Isso é um resumo muito abreviado dessa doutrina que tem sido difundida por alguns. Eles prosseguem e falam coisas aparentemente bonitas sobre a importância do amor no relacionamento conjugal e usam isso e outras filosofias como base para “provar” que o que faz o casamento (e santifica o sexo) é o “amor”.
Muito bem, casamento sem amor certamente não é o plano de Deus, mas será que é o amor que faz você ser/estar casado ou não? Paulo, escrevendo para a igreja em Éfeso exortava os irmãos dizendo: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25). E também no verso 28 reforça: “Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.” Inicialmente, isso parece apoiar a filosofia que está sendo pregada, pois enfatiza o amor. Mas, se olhamos com atenção, enxergamos uma verdade bastante diferente em relação ao engano sutil que está sendo espalhado por aí.
Quando Paulo diz “maridos, amai a vossas mulheres” deixa óbvio que a falta de amor no casamento era um problema entre os irmãos para os quais ele estava dirigindo essa carta. Porém, ele chama as mulheres de “vossas mulheres”, mesmo quando é claro pelo contexto que elas não eram amadas como deveriam. (E o original no grego traz esse sentido, não é fruto de uma tradução errônea). Assim, nessa exortação vemos claramente que a falta desse amor tão importante NÃO anula o casamento. Mesmo sem amor, continua sendo “vossa mulher”. A solução ao problema, oferecida por Paulo, é o amor sacrificial, usando a própria morte de Cristo como exemplo: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”.
Se entendermos isso, saberemos que é um contraste muito grande àquilo que é trazido por esses “mestres” errantes de ensinos lisonjeiros e egoístas. Eles dizem por aí que se não houver amor pode-se deixar o cônjuge livremente, pois assim você será mais feliz. Verdadeiramente, como Paulo diz, “muitos há, dos quais repetidas vezes vos disse, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo; cujo fim é a destruição; cujo deus é o ventre; e cuja glória assenta no que é vergonhoso; os quais só cuidam das coisas terrenas” (Filipenses 3:18-19). Note que Paulo não está falando de inimigos diretos de Cristo, mas de inimigos da CRUZ de Cristo, pessoas que se recusam a negar a si mesmas e trilhar, em suas vidas, o caminho da cruz.
Em Lucas, Cristo falou sobre as coisas que ele havia de sofrer e “Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, esse a salvará” (Lucas 9:23-24). Em Lucas 14:27 diz ainda: “Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo”.
Vale a pena ressaltar que a palavra usada em Efésios para descrever o tipo de amor que devemos ter para com as nossas esposas é o “Ágape” (no grego), que é a mesma palavra usada em 1 Pedro 1:22 e 1 João 3:14 para se referir ao tipo de amor que devemos ter para com TODOS os irmãos em Cristo. Indo ainda mais longe, Cristo disse que devemos ter esse tipo de amor (Ágape) até por nossos inimigos (Mateus 5:44)! Então, se usamos a falta de “amor” como base para separação, estamos completamente fora daquilo que diz o Espírito de Deus. A solução não é separar, mas sim buscar a Deus para obter esse amor que provém dEle.
Quando o Senhor diz para amarmos as nossas esposas (ou elas nos amarem) não é nenhuma “sensação” que precisa do alinhamento correto das estrelas do céu, uma pessoa que mais nos dê prazer ou a chegada da situação ideal. Até se temos inimizade dentro de casa o chamado é o mesmo: o amor sacrificial. Esse amor não se resume em sentimentos, de fato a definição da palavra Ágape não fala em sentimento, mas em ação! Segundo a tradução do dicionario “Strongs”, a palavra “Ágape” significa “tratar com afeto, dar carinho, amar, ter carinho por”. Todas essas qualidades são ações e atitudes, não apenas sentimentos. Claro que o amor real vai nos dar sentimentos periodicamente mas não se resume em, nem se define por sentimentos. Também o amor pode existir mesmo na falta de sentimentos ou até em meio a sentimentos contrários, porque a fonte desse amor é Deus.
Tratando desse amor Ágape, 1 João 4:7-8 diz: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” Assim vemos que a fonte do amor (amor real, não esse “amor” que alguns pregam) é Deus, Ele É amor. Também há outro aspecto importante nesse trecho, ele deixa claro que a falta de amor em nossas vidas diz que não conhecemos a Deus como deveríamos. Esse “conhecer” refere-se a um conhecer íntimo, decorrente de uma maturidade de relacionamento e provavelmente tempo de caminhada com Deus. Note que quem “ama é nascido de Deus E conhece a Deus”. Ou seja, não é apenas nascido de novo, mas também tem persistido e se rendido em realmente conhecer a Deus de forma mais profunda. O que, muitas vezes, é fruto do passar por sofrimentos com Ele. Note também que o texto diz que SE a pessoa amar (com amor Ágape) É nascida de Deus, mas se não amar não afirma que não nasceu de Deus, porém afirma que não conheceu a Deus de forma mais íntima.
Mas, voltando ao assunto do ensino que tem surgido em alguns cantos da igreja, nesses versículos vemos outra prova concreta do erro de tais ensinos, quando os mesmos dizem que é o amor que faz você casado, ou não, com a pessoa e justifica o sexo. Já que precisamos amar com amor Ágape até os nossos inimigos, pela lógica de tal doutrina estaríamos “casados” com praticamente todo mundo! Espero que seja óbvio que isso não é a verdade nem o ensino do Senhor.
E já que não é somente o amor que nos torna casados, o que nos libera para ter relações sexuais com uma pessoa? Em Hebreus 13:4 lemos: “Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará.” É o matrimônio que nos permite desfrutar de tal intimidade. No grego a definição da palavra matrimônio traz o sentido de uma festa de casamento, núpcias, banquete de casamento. E por que isso tornaria o sexo aceitável aos olhos de Deus? Porque assim assumimos um compromisso diante dEle e diante dos homens para amar sempre o nosso cônjuge, mesmo quando nos custa na pele. E assim formamos um compromisso definitivo, um laço dentro do qual o sexo não é somente aceito por Deus como também abençoado por Ele.
As pessoas que difundem esse ensino enganoso dizem que antigamente o casamento não era o que é hoje, era apenas uma grande festa. Mas, toda festa tem o seu motivo e essa festa era por causa do matrimônio dos noivos, celebrando a união deles. Assim, mesmo que hoje a cerimônia do casamento seja diferente, ela exerce a mesma função. E a função ou o objetivo é sempre mais importante que a forma. E assim, hoje o casamento como é praticado (pela maior parte da igreja) serve para demonstrar a todos que os noivos estão assumindo um compromisso permanente um com o outro.
Assim como Paulo devemos procurar “sempre ter uma consciência sem ofensas diante de Deus e dos homens” (Atos 24:16). Não deixando que “Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto não sejais participantes com eles; pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (pois o fruto da luz está em toda a bondade, e justiça e verdade), provando o que é agradável ao Senhor” (Efésios 5:6-10).
Que Deus nos conceda graça e amor!
Por João Dyer
Fonte: Eu Escolhi Esperar